Relatos sobre bullyng, assédio moral e assédio sexual
1º relato
“Em meus tempos de ginásio, um colega foi incentivado a fazer loucuras (cabecear latas jogadas para cima, por exemplo). E adivinhem. Estava dando sinais de loucura. Nós o aplaudíamos e pedíamos mais loucuras. Até que um dia, o velho e severo Rui Lengruber, professor de geografia, viu uma das cenas. Nos chamou na hora, deu uma dura definitiva. Nunca mais incentivamos as loucuras do colega. E ele sarou logo, reintegrando-se à classe. Narro este fato para mostrar que certas atitudes de bullying, disfarçadas em brincadeiras de adolescentes, podem provocar consequências psicológicas graves. Algumas vezes, da mesma forma que o velho Rui, os educadores precisam agir rápida e duramente para que “brincadeiras” não se convertam em meios de levar certas pessoas a caminhos indesejáveis.” (Jarbas)
2º relato
Sexta-feira, 4 de Abril de 2008
Relato de uma aluna de Portugal
“Tudo começa com ofensas, palavras que nos magoam, até que tudo ultrapassa os limites. Batem, agridem, roubam, excluem, chegam até a ameaçar-te na sua casa. Tudo isso é horrível. Falo pela minha experiência. Fui vítima de bullying. Estou no 9º ano e mesmo assim não escapo. Até colegas da mesma turma. Conto isso para ver que não vale a pena sofrer em silêncio, muito pelo contrário. Agrediam-me durante as aulas (iam de puxões de cabelos, a tapas, etc.). Mas superei esta experiência, pois já no 5º ano tinha sido vítima de bullying. Tudo começou numa aula em que uma professora teve que buscar umas fichas e nesse dia disse: "Hoje ocupem os lugares que quiserem", mas houve um problema e um colega meu sentou-se no meu lugar e eu disse: "Aí é o meu lugar". Essa pessoa partiu logo para a agressão verbal, fazendo piadas com a minha aparência física. Fui seguida, fui rejeitada, fui acusada de ser mentirosa, por dizer verdades. Até que chegou ao ponto que foram me ameaçar em casa. Tive que aguentar esta situação até o fim do ano letivo. Até que depois de muito batalhar, e até ter parado num