relatorio

Influenza em felinos De modo semelhante à gripe dos cães, os felinos eram considerados, até recentemente, refratários à infecção pelo vírus da influenza. A reprodução da doença nesses animais foi confirmada entre as décadas de 1970-1980 por intermédio de infecções experimentais com os seguintes subtipos: H2N2 e H3N2 de origem humana, H7N3 de origem aviária e H7N7 proveniente de focas (Phoc vitulina). No entanto, esses subtipos virais ainda não foram isolados em gatos domésticos em condições naturais Em 1996, o surgimento da variante H5N1 altamente patogênica da influenza aviária (IAAP), resultou em doença fatal em aves domésticas, pelo contágio a partir de gansos no sudeste da China. Além de causar mortalidade em aves, esse vírus exibiu grande potencial para infectar uma diversidade de espécies de mamíferos, incluindo seres humanos, furões, fuinhas, camundongos, macacos cinomolgos, cães e felídeos domésticos e silvestres. A infecção pelo vírus H5N1 é caracterizada pelas elevadas taxas de mortalidade e letalidade, além de possuir potencial zoonótico. O primeiro surto de influenza em felídeos associado ao subtipo H5N1 foi observado em 2003, em um zoológico, na Tailândia, onde dois tigres e dois leopardos com manifestações de febre alta e dispneia foram a óbito. Já a primeira evidência de infecção natural pelo subtipo H5N1 em gatos domésticos foi relatada na Tailândia no ano de 2004. Infecções experimentais com o vírus H5N1 demonstraram que os gatos podem desenvolver sinas clínicos graves após ingestão de carne de frango infectada com o vírus ou após a inoculação viral pela via óculo-nasofaríngea ou intratraqueal. Desde então, o número de relatos de doença com manifestação sistêmica fatal causada pelo subtipo H5N1 IAAP tanto em felídeos silvestres (civeta, tigre e leopardo) quanto em gatos domésticos tem aumentado na Ásia e Europa.
Epidemiologia
Apesar de a maioria dos casso de gripe em felinos domésticos e silvestres terem ocorrido na Ásia, gatos