Relato de Experiência com Dependência Química.
O presente trabalho tem como principal objetivo contribuir com a discussão a respeito do tratamento de mulheres dependentes químicas em um dos dispositivos considerados mais importantes para a sua terapêutica: o grupo psicoterapêutico.
Muitos autores sugerem que as mulheres drogaditas devem ser atendidas em programas especializados que respondam de forma direta às variadas dimensões de sua problemática (GRELLA et al., 2008).
A dependência química na atualidade corresponde a um fenômeno amplamente divulgado e discutido, uma vez que o uso abusivo de substâncias psicoativas tornou-se um grave problema social e de saúde pública em nossa realidade. Entretanto, falar sobre o uso de drogas, particularmente sobre a dependência química, traz à tona questões relacionadas diretamente ao campo da saúde, o que implica na necessidade de realizar uma reflexão sobre esse fenômeno no âmbito das concepções sobre saúde e doença, vigentes ao longo da história do homem, bem como no momento atual. Isso porque temas como saúde, doença e drogas sempre estiveram presentes ao longo da história da humanidade, embora cada período apresente uma maneira particular de encarar e lidar com esses fenômenos, de acordo com os conhecimentos e interesses de cada época.
No que diz respeito ao uso de substâncias psicoativas, ao contrário do que se pensa, esse não é um evento novo no repertório humano (Toscano Jr., 2001), e sim uma prática milenar e universal, não sendo, portanto, um fenômeno exclusivo da época em que vivemos.
No que tange ao uso de tais substâncias, não se trata de algo novo na história da humanidade, pois este não é um fenômeno exclusivo da época atual. “Pode-se dizer, então, que a história da dependência de drogas se confunde com a própria historia da humanidade” (CARRANZA & PEDRÃO, 2005 apud PRATTA & SANTOS, 2009, p.203), ou seja, o consumo de drogas sempre existiu ao longo dos tempos, desde as épocas mais antigas e em todas as culturas e religiões, com