Relativismo e Fundamentalismo cultural em relação ao infanticídio indígena
ICHS
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS
PROFESSORA: GIULLE VIEIRA DA MATA
ALUNO: ÂNGELO DE OLIVEIRA GOMES TEIXEIRA
Relação Entre Fundamentalismo e Relativismo Cultural na Análise do Infanticídio entre os Índios
A prática do infanticídio é secular e presente na cultura de diversas tribos brasileiras, e, buscando a preservação cultural desses povos, vitíma crianças de diversas idades. Com isso, criamos a necessidade de nos posicionarmos em relação a este fato. Os povos indígenas brasileiros são considerados grupos sociais autônomos, o que significa que possuem práticas e costumes próprios, assegurados por terem visões de mundo e valores diferentes. O que se aplica às concepções sobre o que é o ser humano e sobre a vida e a morte. Essa corrente, compreendida como relativista, tem como base a ideia de que a cultura é imutável e que nenhum indivíduo deve propor mudanças em seu meio cultural. Considerando o elemento de tais culturas algo extremamente importante, onde a prática do costume se faz justificável. A teoria, criada pelo antropólogo alemão Franz Boas, defende que não há culturas superiores ou inferiores, e que todas são autônomas e se manifestam de acordo com seus costumes, fazendo das concepções de bem e mal fruto do julgamento de cada cultura sobre si. A justiça brasileira assegura, em acordo no Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966), o direito à autodeterminação a todos os povos, como previsto no seguinte artigo:
“Artigo 1º: §1. Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural.”
O antropólogo Ronaldo Lidório, considera o relativismo radical como uma forma de estatizar as culturas, excluindo assim, as transformações autônomas de tais culturas. Segundo ele, o conceito de moral se encontra enraizado na cultura, e não na humanidade, acabando