a união ibérica e o brasil holandes
1556 a Espanha era governada por Filipe II (1556 - 1598), membro de uma das mais poderosas dinastias européias: os
Habsburgos ou Casa d'Áustria, que além da Espanha detinha o controle do Sacro-Império
Romano Germânico, sediado na
Áustria, com influências também sobre a Alemanha e a Itália.
Territórios da Casa de Habsburg ao tempo de Filipe II
Nos tempos do reinado de Filipe II, a exploração das minas de prata da América espanhola havia atingido o seu apogeu.
Com a entrada da prata do México e do
Peru, a Espanha se transformara, durante o século XVI, na mais poderosa nação européia. Isso levou os historiadores a classificarem o século XVI como o século da preponderância espanhola. Tendo em mãos recursos abundantes, Filipe II aliou o poderio econômico a uma agressiva política internacional, da qual resultou a anexação de Portugal (até então, reino independente) e a independência da Holanda (até então, possessão espanhola). Vejamos como
Portugal passou ao domínio espanhol.
Em 1578, o rei de Portugal, D. Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no atual Marrocos, em luta contra os árabes.
Com a morte do rei, que não tinha descendentes, o trono de Portugal foi ocupado pelo seu tio-avô, o velho cardeal D.
Henrique, que, no entanto, faleceu em 1580, naturalmente sem deixar descendência...
Com a morte deste último, extinguia-se a dinastia de Avis, que se encontrava no trono desde 1385, com a ascensão de D. João I, mestre de Avis.
Vários pretendentes se candidataram então ao trono vago: D. Catarina, duquesa de
Bragança, D. Antônio, prior do Crato e, também, Felipe II, rei da Espanha, que descendia, pelo lado materno, em linha direta, do rei D. Manuel, o Venturoso, que reinou nos tempos de Cabral. Depois de invadir Portugal e derrotar seus concorrentes, o poderoso monarca espanhol declarou:
"Portugal, lo herdé, lo compré y lo conquisté".
Assim, de 1580 até