Relat Rio Visita Domiciliar
Somos ensinados a ver como questão social tudo o que passa pelas políticas sociais ou que exista sob o signo da perda ou déficit. Há autores que reconhecem como questão social elementos como cultura e a política. Segundo o professor Otavio Ianni (1994), há que se observar a questão social noutras conjunções, para além do signo da exclusão social. As reivindicações, greves e protestos também expressam algo desse contexto. Ver a questão social na lente da complexidade implica romper com os maniqueísmos e estigmas a eles associados.
A autora propõe que a ação profissional se revigore, avançando em práticas e processos de trabalho com finalidade de observar e ativar a rede institucional e social que abriga cada questão social específica e suas interfaces.
O profissional que conduz sua visita com um pensamento complexo apresenta indagações sobre a realidade observada para melhor compreendê-la, sua meta é explorar a realidade para melhor questioná-la e aproximar-se da verdade que esconde.
Dois princípios fundamentais à realização da visita domiciliar são a ética e o respeito. O visitador poderá orientar-se por perguntas e reflexões de acordo com o objeto da visita, podendo ser crítico e observador, sem ser constrangedor e invasivo.
Por que visitar? Deve haver racionalidade e planejamento à organização de uma visita. Na visita o profissional deve estar orientado e limitado ao objeto da visita, seu papel é acessar o máximo de informações e esclarecimentos possíveis ao que for demandado. Quando visitar? Recomenda-se o agendamento dessa visita, onde os horários são definidos junto com a pessoa a ser visitada. Segundo a autora visitas surpresas são invasivas e desagradáveis, devem ser