Relat rio final fungos
Andrea Vasconcellos, Bruno Polverini
Introdução
A linhagem dos fungos apresenta diversos organismos comumente conhecidos por nós como os cogumelos, bolores, ferrugens, micoses, trufas, leveduras e diversas outras formas menos populares. Mais de 70.000 espécies de fungos já foram descritas e estimativas sugerem que podem existir mais de 1.5 milhões de espécies viventes (Hawksworth, 1991; Hawksworth et al., 1995).
Fungos (eumycota) são eucariotos (Figura 1) e formam um grupo monofilético posicionado dentro de opisthokontes juntamente com os animais e coanoflagelados, e apesar de não ser consenso entre os especialistas é posto como grupo irmão de nucleariida. A posição das linhagens dentro do clado dos fungos é indefinida podendo-se observar uma grande politomia na base de sua arvore filogenética (figura 2). Apesar de não ser o único habito, o saprofítico é o prevalecente entre os fungos (Blackwell, 2012), sendo decompositores de praticamente todos os tipos de matéria orgânica. Um substrato muito prolífero são as fezes de animais, e os fungos que as colonizam são chamados de coprófagos, cujos esporos estão presentes no feno e sobrevivem após passarem pelo trato intestinal do animal. Muitas vezes a digestão química e física, inclusive, iniciam o processo de germinação do esporo (Bell, 1983). Os fungos são ecologicamente fundamentais por realizarem a reciclagem de nutrientes das fezes (Richardson, 2001). Além disso, devido à ligação entre os animais que defecam e os fungos que utilizam esse substrato é possível correlacionar a quantidade desses animais com a quantidade de esporos presentes no ambiente, como em grãos de pólen, e analisando a quantidade de esporos no registro fóssil, pode-se detectar flutuações na densidade populacional dos animais sendo possível inferir eventos como a extinção em massa da mega-fauna no quaternário. (Wood, 2013). Estudos previamente realizados relatam