Relat Rio 2
Lauro Levandoski, Mateus Manfrinato, Orlando Ortigoza, Paulo Guimarães, Rafael Mizuno
1UTFPR – ME64H – S42
1. Introdução
Peças de aço trabalhadas à temperatura ambiente seja pelo processo de forjamento, trefilação, laminação, sofrem deformações plásticas que tornam sua estrutura granular deformada, alongada no sentido do esforço de tração ou perpendicular ao esforço de compressão, característica conhecida como "encruada", tal característica afeta profundamente quase todas as propriedades do material: aumenta a resistência à tração, o limite de escoamento, a dureza, a fragilidade, diminui o alongamento, etc. Para se restaurar as propriedades originais do material e anular os efeitos do encruamento, promove-se o processo de recristalização.[1]
A recristalização consiste no aquecimento do aço até acima da zona crítica, seguido de um resfriamento lento (dentro do forno, por exemplo). Habitualmente se visa com esse tratamento restituir ao material suas propriedades normais que foram alteradas por um tratamento mecânico ou térmico anterior, ou ainda refinar texturas brutas de fusão.[1]
O trabalho em laboratório tem por objetivo reproduzir esse tratamento térmico e obter resultados de acordo com a literatura estudada em aula. As peças fornecidas foram dois pregos fabricados com aço ABNT 1008 pelo processo de trefilação a frio, a trefilação é o processo industrial que produz a redução da seção transversal da peça e o consequente aumento do comprimento do material, esse processo produz o encruamento do aço, os grãos são alongados aumentando suas tensões internas e também o número de discordâncias, perdendo ductilidade e se tornando mais frágil à medida que o encruamento se torna mais severo. O tratamento de recristalização ocorre entre 0.5 e 0.7 da temperatura de fusão do material, e tem por objetivo restaurar suas propriedades originais, eliminando o