RELACÃO
O sindicalismo brasileiro apresenta um desconcertante paradoxo no decorrer de sua história: o de sua atuação eficiente em 1943 durante o governo e Getúlio Vargas, que controlava de perto o trabalhador e os direitos oferecidos pela consolidação das leis trabalhistas em contraposição a uma atuação que adquire maior liberdade de ação, com o seu desatrelamento do Estado, a partir de 1988.
A história registra um paradoxo na atuação dos trabalhadores brasileiros, no período entre1943, onde surge a consolidação das leis trabalhistas e regulamentação dos sindicatos, até os dias de hoje. Tal paradoxo se da do surgimento e evolução do sindicalismo a partir de 1943. O sistema sindical não surge enquanto um movimento de base, mas como ato do Estado. Com Getúlio Vargas é criado um modelo sindical, cujos resquícios ainda sobrevivem, onde o Estado é controlador do trabalhador e dos direitos que a CLT estabelece, a atuação dos sindicatos, embora sob controle estatal, se dá embusca de melhores salários, melhores condições de trabalho e cumprimento da legislação vigente.
Entretanto, nos dias de hoje, fruto do modelo neoliberal de produção econômica , o sindicato dirige sua atuação para a mera luta, ainda que importante, pela manutenção de emprego. O sindicato “estatal” obtém uma série de conquistas, cristalizadas na constituição federal. O sindicalismo nasce no contexto mundial ligado ao surgimento da classe dos trabalhadores assalariados, ou seja, com o aparecimentodo capitalismo industrial. Foi na Inglaterra que as primeiras organizações sindicais desenvolveram-se e expandiram-se.
Até chegar a estrutura atual, o sindicalismo passou por três fases. O primeiro tipo de organização foi o dito sindicalismo de oficio, que agregava os artesãos transformados em assalariados, existiam os sindicatos de marceneiros, de alfaiates, mecânicos e etc. Com o avanço das técnicas de fabricação e a consequente industrialização, surge o sindicalismo industrial,