Relacionamento interpessoal
Relacionamento Interpessoal
Abraços Grátis!
Enfermagem
No dia em que a professora propôs a dinâmica do “Abraço Grátis”, eu pensei que não daria certo.
Primeiro pela repulsa da sala, e segundo porque as pessoas na rua não gostariam de ser abraçadas.
As pessoas da sala gostaram das ideias, a não ser por algumas que permaneciam relutantes quanto abraçar um desconhecido.
Começaram a surgir as ideias sobre levarmos bexigas, cartazes e fazermos uma verdadeira festa.
E foi isso oque realmente aconteceu. Uma festa. A festa das energias, como uma das meninas disse. Cada um empenhou-se em algo. Umas enchiam bexigas, enquanto outras pensavam em como abordar as pessoas, e outras verificavam as câmeras. E foi só mostrar as câmeras que começou o festival de fotos. Foi surpreendente como nesse dia todas estavam dispostas à sorrir para o retrato. Não ouvi ninguém dizer “não quero ser fotografada!”. A empolgação era contagiante.
Resolvemos nos dividir em grupos, para conseguir abordar o maior número possível de pessoas. Meu grupo resolveu descer pela Avenida Nazaré. Na porta da faculdade todos paravam e olhavam para nós, que estávamos cheias de bexigas, dando gargalhadas e com cartazes oferecendo abraços. E assim fomos abraçar os seguranças da São Camilo e todas as pessoas que encontrávamos.
A maioria das pessoas ficavam surpresas com nossa atitude, mas aceitavam e nos abraçavam e agradeciam pelo gesto. Outras nem mesmo olhavam para nós, ou recusavam.
Houve um caso interessante. Foi o de um senhorzinho japonês que encontramos no meio do caminho. Pedimos um abraço, e ele recusou-se. Nós até gravamos uma colega nossa falando que estava chateada por isso. Continuamos com a nossa dinâmica, e quando estávamos voltando para a faculdade, esbarramos nele novamente. E dessa vez ele não resistiu e abraçou a turma toda.
Desde esse dia, eu vejo o ato de abraçar de forma diferente. Não é apenas cumprimentar alguém. É passar os braços em