Relacionamento interpessoal
O problema das escolas é o relacionamento interpessoal, que as impedem de formar verdadeiras equipes para melhoria do ensino. O relacionamento entre gestão e professores é determinado por relações de poder. O poder corrói os relacionamentos. Em muitas escolas o grupo de professores é dirigido por pessoas que agem de maneira semelhante a oficiais do exército. Para ser um bom gestor de escola é necessário, antes de tudo, ser um educador. É necessário acreditar na capacidade do ser humano em transformar-se para melhor, em progredir e aperfeiçoar-se. Todo gestor deve se interessar pelo professor, criando condições para que este cresça e se realize. O bom gestor é aquele que influencia por suas ideias e ações o pensamento e atitudes dos outros. No entanto, ele tem que saber ouvir com empatia. Tem que ser compreensivo, flexível, conciliador e harmonizador. Ele tem que ser sensível às transformações de condição de seu grupo. Ele deve fazer menos verificação e controle dos membros do grupo e dar mais apoio a eles. Ele tem que ter maturidade emocional para criar um clima emocional na escola capaz de manter o grupo unido. Em outras palavras, para liderar é necessário servir. O segredo da liderança é o relacionamento. Na grande maioria das escolas os gestores administram num ambiente autocrático, onde os líderes e coordenadores utilizam o poder coercitivo decidindo o que o grupo deve fazer e como fazer. Neste ambiente surgem mais hostilidades, rivalidades e agressividades. No entanto a experiência nos mostra que o ambiente democrático é mais eficaz. Neste ambiente as decisões são tomadas por consenso da maioria, cabendo ao coordenador ou líder apenas a tarefa de orientar a atividade. O resultado disso é uma melhor produtividade, maior amizade e espírito de equipe, evidenciando apreciação mútua entre os membros do grupo e revelando maior satisfação. Do nosso ponto de vista, portanto, a escola não deve ser um regime