Regulação da temperatura corporal em diferentes animais
A termorregulação pode ser entendida como um conjunto de mecanismos que permitem regular a temperatura corporal interna de um organismo, de forma a mantê-la dentro de valores compatíveis com a vida quando a temperatura do meio externo varia.
Em termos ecológicos e de acordo com a forma como reagem às alterações de temperatura no meio ambiente, os seres vivos podem ser divididos em endotérmicos, ectotérmicos e heterotérmicos.
Os endotérmicos são os animais que mantêm uma temperatura corporal interna constante, recorrendo à energia metabólica para suportar os custos desse processo, como, por exemplo, as aves e os mamíferos. Estes organismos apresentam uma faixa de termoneutralidade, em que a temperatura corporal é regulada por alterações nas trocas de calor ao nível da pele.
Os ectotérmicos apresentam uma temperatura corporal variável de acordo com as flutuações do meio ambiente, o que gera várias restrições em termos ecológicos mas, em contrapartida, acarreta menores necessidades energéticas.
Existem ainda indivíduos heterotérmicos, isto é, que apresentam uma temperatura corporal variável, podendo atuar como endotérmicos facultativos, de acordo com as condições ambientais.
A regulação da temperatura corporal nos organismos endotérmicos é um processo de importância vital, já que é um fator determinante na sua homeostasia interna, nomeadamente na manutenção da taxa de metabolismo celular e na manutenção da integridade do organismo.
A temperatura condiciona diversos processos biológicos, como a atividade enzimática, a permeabilidade das membranas celulares, a taxa das trocas respiratórias, a produção de energia a nível celular, a produção de espermatozóides e o comportamento (grau de atividade) dos indivíduos, entre muitos outros processos.
No Homem, a temperatura corporal oscila em torno dos 37 ºC, com uma amplitude de mais ou menos um grau, dependendo das condicionantes ambientais e fisiológicas