Região e organização espacial

RESENHA

CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 2000, 93 p.

O livro “Região e organização espacial” de Roberto Lobato Corrêa, geógrafo e professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem como objetivo introduzir o aluno de geografia à conceitos geográficos básicos. O livro divide-se em seis capítulos, sendo o primeiro uma breve introdução, e os dois últimos, vocabulário crítico e bibliografia comentada, respectivamente. Deixando assim, três partes de conteúdo específico.
Na primeira parte, o autor apresenta cinco temas ditos como as principais correntes de pensamento geográfico, que são: determinismo ambiental, possibilismo, método regional, nova geografia e geografia crítica. Corrêa coloca o determinismo ambiental e o possibilismo como correntes que perderam o destaque ao passar dos anos. Os defensores do determinismo ambiental afirmam que “as condições naturais determinam o comportamento do homem”, sendo assim diretamente ligada ao progresso do meio, nesta corrente a natureza é dita como “elemento de determinação”. Já o possibilismo surge em resposta ao determinismo ambiental, ele discorda da ideia a qual a natureza é determinante no comportamento humano, é citado então Vidal de La Blache, mestre possibilista, onde ele diz que “as relações entre o homem e a natureza eram bastante complexas”, agora “o homem é o principal agente geográfico”.
O método regional chega em oposição às duas correntes anteriores, o destaque deixa de ser a relação entre homem e natureza e o que aparece são os fenômenos heterogêneos que acontecem sob a Terra, deixando em vista a necessidade de uma geografia regional.
A corrente da nova geografia surge após a Segunda Guerra Mundial, há então uma grande mudança de conteúdo e tem-se em vista a urbanização, industrialização e a difusão de novas culturas, o capitalismo toma forma. Finalmente, por volta da década de 70, devido às crises capitalistas e grandes tensões