Região e Organização Espacial - Fichamento
as admitidas potencialidades do meio natural onde vivem. Justificam assim, o sucesso, o poder, o desenvolvimento, a expansão e o domínio. – 10
Roberto Lobato Corrêa
CAPÍTULO 2: AS CORRENTES DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
(...) o Determinismo ambiental e, menos ainda, o Possibilismo não desapareceram totalmente, mas perderam o destaque, sobretudo o Determinismo Ambiental. Por outro lado, a Geografia Crítica é o último modelo a ser incorporado, passando a coexistir conflitivamente com os outros, principalmente a Nova Geografia. – 7
Essas tendências estão fundamentadas, de um modo, na consideração da Geografia como um saber calcado em uma das três abordagens: o estudo das relações homem ∕ meio, o de áreas e os locacionais. De outro lado, as correntes fundamentam-se em diferentes métodos de apreensão da realidade. Entre eles, destaca-se o Positivismo, quer na sua versão clássica, quer na do Positivismo lógico. O materialismo histórico e a dialética marxista, que dão base ao segmento mais importante da Geografia Crítica.
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O determinismo ambiental
Foi o determinismo ambiental o primeiro paradigma a caracterizar a geografia que emerge no final do século XIX, com a passagem do capitalismo concorrencial para uma fase monopolista e imperialista. – 9
Seus defensores afirmam que as condições naturais especialmente as climáticas, e dento delas a variação da temperatura ao longo das estações do ano, determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir. Cresciam aqueles povos que estivessem localizados em áreas climáticas mais propícias. – 9
Fundamentando a tese do determinismo ambiental, estavam as teorias naturalistas de
Lamarck sobre a hereditariedade dos caracteres adquiridos e as de Darwin sobre a sobrevivência e a adaptação do indivíduos mais bem dotados em face do meio natural.
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Na realidade, o determinismo ambiental configura uma ideologia, a das classes sociais, países ou povos