Região oeste
Barreiras, que já ostentava a posição de centro emergente, continuou a desempenhar o papel de principal centro econômico do Oeste. Nesse processo, Santa Maria da Vitória, tornou-se, ao lado de Barreiras, uma das cidades de maior concentração de imigrantes. O desenvolvimento da produção de grãos e da agricultura irrigada, com tendência à especialização na fruticultura, definiram um novo quadro para a Região Oeste. Os impactos das novas atividades inseridas na região provocaram um reordenamento das relações sociais locais, ensejando um maior poder aquisitivo e diferente padrão cultural para alguns segmentos, possibilitando acesso aos meios de consumo e concorrendo para a ampliação e diversificação da demanda nas cidades. As oligarquias regionais se desarticularam, embora as atividades tradicionais permanecessem ficando subordinadas a um novo padrão de desenvolvimento regional. A fase mais dinâmica de reestruturação da economia da Região Oeste, do final da década de 1970 até meados da década de 1980, se desenrolou sem a participação do governo do Estado e sob o comando de grupos de fora, que chegaram à Região e difundiram relações sociais, técnicas de produção e de circulação tipicamente capitalistas, alterando o cenário socioeconômico existente. Esse processo, centrado principalmente na produção comercial, foi praticado sob consideráveis inversões privadas e padrões tecnológicos e organizacionais inteiramente novos para a região, onde o uso de modernos insumos agrícolas e de práticas de irrigação implicava numa intensa utilização de capital e tecnologia, baixo uso de mão de obra permanente e redução progressiva de mão de obra sazonal, na medida em que avançava a mecanização da lavoura.
A introdução da produção de soja no cerrado propiciou a integração da região na divisão inter-regional de expansão da agricultura nacional, estabelecendo laços econômicos com a rede de comercialização dos produtos, insumos e máquinas, criando novas relações sociais nos