Reforma Sanitária

Reforma Sanitária:
O contexto da reforma sanitária surgiu em meados dos anos 70, a partir da mobilização da sociedade civil brasileira, com o intuito de tornar a saúde um direito de todos os cidadãos e dever do Estado promove-la, inclusive pela criação de instituições que sustentavam os mesmos objetivos. As duas instituições que mais se destacaram foram o CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde), fundada em 1976 e a ABRASCO (Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva) de 1979.
O CEBES foi o interlocutor político mais importante nas arenas de discussão e formulação de políticas de saúde, enquanto que com a ABRASCO a área da Medicina Social passa a ser denominada Saúde Coletiva, fazendo com que a saúde se torne um conceito mais abrangente, necessitando assim, novas delimitações.
Importante destacar que de todas as diferentes estratégias propostas de intervenção da Reforma Sanitária no Brasil tinham um elemento em comum, que era a cidadania.
Nos anos 79/80 em que ocorreu uma aguda crise financeira da previdência social, principal fonte de financiamento do setor saúde o PREV-SAÚDE propõe a reestruturação da rede pública de serviços de saúde.
Um momento relevante para a organização da Reforma Sanitária foi o 1º Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, com discussão e aprovação do documento “A Questão Democrática na Área da Saúde”, aduzido pela diretoria nacional da CEBES, baseado em estudo elaborado por pesquisadores do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Poucos anos mais tarde, em dezembro de 1984, foi realizado um novo Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, promovido pela comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, o qual foi marcado pelo intento de estabelecer um consenso entre o movimento sanitário e as entidades de representação dos Empresários do complexo da saúde.
E de 17 a 21 de março de 1986, os passos definitivos para a conformação dos preceitos e das práticas da Reforma Sanitária