Reforma psiquiatrica no brasil
A loucura foi ao longo da história da humanidade, classificada e explicada de diversas maneiras: como castigo ou dádiva dos deuses, possessões demoníacas ou falha da natureza.
Anterior à cultura grega, toda a medicina física e psíquica do homem primitivo se apoiava em concepções de natureza mágica e intuitiva, constituíndo assim atividade de sacerdotes e feiticeiros. No antigo Egito já existiam médicos cirurgiões que operavam o cérebro e na antiga China, 30 séculos a.C. já existiam alguns conhecimentos de farmacologia e farmacoterapia. Hipócrates, na Grécia antiga, afirmou que as doenças do corpo ou espírito, eram resultados de transtornos dos humores. Classificando os seres humanos em categorias como: Sanguíneos, melancólicos, coléricos e fleumáticos. De acordo com o predomínio ou deficiência dos chamados humores no organismo: sangue, linfa, bílis e fleuma. Criou assim, os conceitos clínicos: Aforismo referentes ao delírio ("o delírio risonho não é tão perigoso quanto o meditabundo") e a três tipos de doenças mentais: a frenite (transtorno mental acompanhado de febre); a Mania (transtorno mental crônico, sem agitação ou febre) e a melancolia (transtorno mental crônico, sem agitação nem febre). A escola hipocrática considerava as doenças como "reações de adaptação" do organismo. O médico grego Asclepíades de Samos se destacou no campo da medicina mental. Viveu no século anterior a Cristo e era adepto do Atomismo (teoria que interpreta os diversos fenômenos psicológicos como combinações de elementos simples ou "átomos"). Asclepíades defendia que a alma não tinha localização (era o resultado da concentração de funções perceptivas) e de que as doenças mentais apareciam como conseqüência de alterações das paixões. No inicio da era cristã, Galeno, defendeu que o sistema nervoso era o centro da sensação, motilidade e funções mentais e que os transtornos psíquicos tinham uma origem cerebral. Galeno foi ainda o primeiro autor a afirmar