Reforma protestante, sociedade estamental
Maquiavel criou o livro “O Príncipe” para auxiliar Lourenço de Médici acerca dos assuntos políticos. Como ainda era muito jovem quando assumiu o poder, Lourenço não tinha nenhuma experiência na arte de governar e sendo Maquiavel entendedor dessa área, se coloca no papel de tutor de Médici. Sabendo o seu lugar, de apenas “pedra de amolar”, Maquiavel propõe ao príncipe um volume sintetizando o conhecimento que acumulou durante toda a vida, afirmando que era o único bem que possuía para tentar impressionar seu soberano. Além de desejar algum reconhecimento do príncipe por meio dessa obra, a finalidade que essa obra tinha era de auxiliar Lourenço de Médici a unificar a Itália e mantê-la forte. Para isso, Maquiavel discorreu acerca dos mais variados exemplos para uma visão pratica administrativa de fácil entendimento para uso exclusivo do príncipe, a fim de proporcionar a oportunidade de o soberano assimilar e aplicar os conceitos propostos para unificar e solidificar a Itália com maior possibilidade de obter êxito, poupando lhe o trabalho de pesquisa sobre a arte de governar. É importante frisar que esse volume era exclusivo, manuscrito e único, visto que a arte de governar é apenas do interesse de quem governa, não sendo oportuna a leitura da população leiga a essas obras de cunho político, que poderiam ser facilmente mal interpretadas e prejudicar a ordem civil de alguma forma.
Assim como Maquiavel, Lutero se preocupava muito em direcionar suas opiniões políticas e administrativas a quem realmente importava, como em suas 95 teses, para o Papa Leão X, ou com o sermão “Sobre a