Resumo: "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" - Max Weber
Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo’, Max Weber discute sobre a relevância da reforma protestante para a formação do capitalismo moderno. A principal pergunta do texto é: em que medida as concepções religiosas das diferentes sociedades influenciaram seu comportamento econômico. Inicia com uma comparação entre aspectos culturais do oriente e ocidente. Uma série de questões já há muito dominadas no oriente apresentam-se como novas no ocidente. Isto no tocante à filosofia, cultura, artes etc., caracterizando uma enorme diferença cultural e de valores. Apesar disso, Weber apresenta a falta de "um método sistemático comparável ao de Aristóteles, e inexistia qualquer conceito racional" das teorias políticas asiáticas. Weber diz que é possível notar, mais claramente no Ocidente, a organização estamental das associações políticas e sociais, que eram largamente disseminadas, e a existência de uma força que o autor denomina o espírito do capitalismo moderno. Desde o início assinala que esse espírito não é o mesmo que o termo capitalismo, sendo um impulso para perseguir o lucro como algo natural, como vocação. Depois de demonstrar a existência de uma noção "ingênua" de capitalismo em todas as culturas, Weber busca definir o capitalismo como uma característica típica do mundo ocidental. Ele destaca a importância do cálculo do capital em dinheiro, seja através de modernos meios contabilísticos, seja através de qualquer outro meio, por mais primitivo e superficial que seja. O autor aponta em seu texto a necessidade de uma nova e moderna organização racional da empresa capitalista, baseada na separação da economia doméstica e na criação de uma contabilidade racional. A racionalidade nas possibilidades técnicas do moderno capitalismo ocidental apresenta uma dependência das ciências ocidentais (com foco nas ciências matemáticas e as exatas ciências da