Reforma agrária

Reforma Agrária

Reforma Agrária é o conjunto de políticas do estado, que implanta um amplo programa de desapropriação das maiores propriedades, e as distribui para os trabalhadores sem terra, promovendo o acesso a terra, como bem da natureza, e provocando um processo de democratização da propriedade da terra na sociedade, ou pelo menos é o que deveria ser.
Essa desapropriação tem sido muito mais fruto da pressão social, do que de um amplo programa de reforma agrária. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, é a agricultura familiar a grande responsável pela alimentação da população brasileira, garantindo em torno de 70% do que é consumido. Entretanto, dados do próprio Consea mostram que o agronegócio cresce mais do que a agricultura familiar, este modelo de produção tem ameaçado a segurança e a soberania alimentar do país. De acordo com o estudo, o ritmo de crescimento da produção agrícola destinada à exportação é muito maior que para o consumo interno.
Para a reforma agrária poder funcionar, é necessário não temer enfrentar os que monopolizam o poder econômico e político do país. Um Brasil sem miséria exige respeito e valorização dos bens e serviços públicos, algo que a burguesia brasileira ignora. A reforma agrária acabaria com grande parte dos monopólios de terra, com o capital bancário e com as corporações agro-químicas, blocos de poder que o Estado Brasileiro da todo o suporte e não tem interesse nenhum em prejudicá-los. Se houveram avanços na política destinada à agricultura familiar, estes são silenciados ante a avalanche dos recursos destinados à agricultura empresarial, pois falta coragem do Estado Brasileiro para enfrentar o problema agrário e mudar seu modelo agrícola.
Enquanto as relações de poder e a busca pelo capital estiverem em primeiro lugar, a reforma agrária não sairá do papel, pois é um modelo agrícola que favorece a classe trabalhadora, ela seria decisiva para consolidar a estabilidade econômica do país e acabar com a