A dinâmica feudal
O feudalismo na Europa Ocidental sugriu no século X, expandiu-se durante o século XI e seu auge foi no final do século XII e XIII.
No século XIII o feudalismo europeu já havia produzido uma civilização unificada e desenvolvida, que registrava um enorme avanço em relação às comunidades rudimentares e fragmentadas da Idade Média. O grande salto para frente que produziu o excedente agrícola no feudalismo foi o avanço mais fundamental. Isto porque as novas relações de produção rural haviam permitido um impressionante aumento na produtividade agrícola. As inovações surgidas na época, tal como o moinho de água para a força mecânica, foram materiais deste aumento.
O modo de produção feudal era definido, entre outras características, por uma gradação escalar de propriedade que nunca foi divisível em unidades homogêneas e permitáveis. Esta forma de organização gerou, ao nível da nobreza, o domínio eminente e o feudo revogável. Ao nível da aldeia a terra foi dividida em reservas senhoriais e lotes camponeses. Esta divisão modelou as formas duais de confronto de classes entre senhores e camponeses no modo de produção feudal. O papel direto do senhor na administração e supervisão do processo de produção declinava, enquanto o próprio excedente aumentava.
A partir do ano 1000 a classe aristocrática já havia sido consolidada por novos modelos de herança planejados para proteger a propriedade nobre contra a divisão, e os seus setores desenvolviam um apetite crescente pelo consumo de bens para o conforto e o luxo. Prova disso foi a disseminação da viticultura, no século XII. O vinho era uma bebida da elite, envolvendo um grau de trabalho especializado mais elevado para sua fabricação.
O modo de produção feudal que surgira na Europa Ocidental geralmente permitia ao campesinato o espaço mínimo para aumentar a produção a seu dispor, dentro das severas restrições do senhorio. O camponês típico devia proporcionar rendas em trabalho na propriedade senhorial e outras