Reforma Agraria
Após alguns anos de convivência e mais outros de retiro espiritual, o beato foi chamado por Padre Cícero, para ajudar a arrendar umas terras no sítio Baixa Dantas. A principio eram apenas ele, sua família e alguns poucos romeiros. Aos poucos Padre Cícero foi lhe enviando vários trabalhadores rurais que chegavam a Juazeiro e não tinham outro ofício que não o de cuidar da terra. Ele foi crescendo e depois as pessoas que moravam lá eram donos das suas terras e repartiam os lucros
Devido a confusões com a igreja, as terras do sítio foram destruídas. Padre Cícero doou então ao beato uma porção de terra conhecida como caldeirão dos Jesuítas, pois muitos jesuítas tinham sido mortos ali.
Como muitas pessoas se uniram ao beato, a mão de obra passou a ser cara. Iniciou-se então um processo de difamação e calúnia, fomentados na época por boa parte da imprensa, visando criar na população um sentimento que permitisse às "autoridades" da época acabar com aquela comunidade.
No caldeirão havia inclusive várias engenhocas capazes de fazer rapadura, farinha de mandioca e outros subprodutos do que era ali produzido. A comunidade era auto-suficiente em quase tudo, inclusive faziam suas próprias roupas a partir do algodão que ali cultivavam.
Em 20 de julho de 1934, morre o Padre Cícero e, estranhamente para alguns, em seu testamento não deixou aquelas terras para José Lourenço. Em 1936 a comunidade é invadida por forças policiais sob alegação de que ali existiria um arsenal escondido e que aquilo seria um novo Canudos. Nada encontrando atearam fogo a tudo quanto viram e levaram vários integrantes presos para Fortaleza e outros foram trancafiados em porões.
José Lourenço logrou escapar da