reflexão sobre as contribuições do pensamento fenomenológico para a educação
1254 palavras
6 páginas
REFLEXÃO SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DO PENSAMENTO FENOMENOLÓGICO PARA A EDUCAÇÃO: A QUESTÃO DO MÉTODO Com as discussões em aula sobre os textos “Fenomenologia e educação: início de uma reflexão” de Coelho (org. por Bicudo), “Estudos sobre existencialismo, fenomenologia e educação” de Martins e Bicudo e “A crise na educação”(especial Hannah Arendt) por Carvalho, foi possível compreender melhor a questão da educação levando em conta o método fenomenológico, entendendo a crise nesta, ao buscar primeiro o sentido dela, abrindo assim, nossos olhos para novas possibilidades. Primeiro, por que a busca de novas possibilidades para a educação? A pedagogia está cada vez mais voltada para a esfera do cognitivo, do definido, acabado, sem possibilidades, ou seja, do particular. Dentro dos padrões de ensino um problema, por exemplo, seria a concepção de relação hierarquizada do professor-aluno em que os professores devem saber os conteúdos e repassá-los aos estudantes, que por sua vez, os assimilariam e colocariam em sua mente, memória ou inteligência, como se tivessem uma mente vazia a ser preenchida pela verdade, que aparece como algo a ser possuído, o que leva a inexistência de: trocas de pensamento, estímulo aos alunos pensarem por si e também se interessarem a aprender, além de uma incompreensão do mundo e falta de significações partilhadas, que tem relação direta com essa crise.
Por que abordá-la com uma visão fenomenológica? Porque esse método remete à Psicologia Humanista, que propõe a educação centrada no aluno. É a Psicologia que surge pela convicção básica de que nenhuma das teorias psicológicas da época – psicanálise, que via o homem como um ser determinado pela história de vida e, portanto, sem controle de decisões e direção de vida; e behaviorismo, que via o homem como um organismo passivo manipulado por estímulos do ambiente externo – faziam juz ao desenvolvimento da pessoa como um todo, propondo então uma nova visão de homem, como sujeito da liberdade, em que