O Brasil Democrático

1. O BRASIL DEMOCRÁTICO
Entre os anos de 1985 a 1994 o principal desafio na política brasileira foi a estabilização da inflação, sendo que durante esse período foram 10 ministros da fazenda e um numero similar de planos de estabilização.
Nas décadas de 1960 e 1970 o Brasil passou por um grande crescimento as custas do dinheiro estrangeiro, entretanto na década de 1980 foi atingido pela “crise da dívida externa”, com um elevado aumento dos juros cobrados pelos credores. Sua alternativa foi pedir ajuda ao FMI, que exigiu a adesão a um rígido programa de ajustes, chamado “Consenso de Washington”, tinha como objetivo quitar as dívidas com superávits fiscais e comerciais.
O envio de dinheiro para o exterior durante quase uma década foi um duro golpe na economia, gerando redução no PIB, e ao contrário do esperado, a inflação continuou elevada. Diante desse cenário surgiram teses a respeito da inflação inercial, gerada pela “memória inflacionária”, estimulada pelos altos indexadores brasileiros.
Devido a esse acontecimento, os planos de estabilização propostos buscavam eliminar a memória inflacionária, acredita-se que falharam por ser esse seu único foco.
Segundo Fernando de Holanda Barbosa (2007) a memória inflacionária é como uma febre que pode ser tratada, mas sem resolver a origem do problema, a infecção, que é a crise fiscal, quando o estado gasta mais do que arrecada.
2. PLANO CRUZADO
Alguns estudiosos tiveram grande influencia nos planos de estabilização, e todos eles concordavam que o Brasil possuía um ponto peculiar, sua alta indexação e inflação crônica. As opiniões dos estudiosos dividiam-se em duas linhas de pensamento:
1. Solução “Larida”, criada por André Lara Resende e Pérsio Arida. Defendiam a introdução de uma nova moeda, o novo cruzeiro, plenamente indexada, vinculada a ORTN na paridade de 1 para 1, com circulação paralela ao cruzeiro durante certo período. “A nova moeda indexada diariamente equivaleria à indexação total e instantânea da