Reflexão: filme guerra dos botões
O filme narra a história de dois grupos rivais, os Longevernes e os Velrans. Estes grupos, compostos por meninos entre sete e catorze anos, travam ferrenhas batalhas para defenderem seus bairros, suas escolas, suas honras, suas amizades e principalmente seus botões, o prêmio maior. Chegar em casa sem um botão era sinônimo de castigos severos dos pais.
A história passa pela transição entre a infância e a adolescência, a rivalidade e a motivação por ela provocada, a lealdade e a traição, o significado de independência e responsabilidade, a primeira paixão, a inocência, a confiança, enfim conceitos abordados de forma leve, porém tocante no que se refere à fragilidade das relações envolvidas.
Entre uma batalha e outra, fatos interessantes se desenrolam, como quando o professor se apresenta como um antigo líder dos Longevernes, assim como Lebrac, conquistando assim total confiança do menino, ou ainda quando o irmão de Marie Lantérnne, Timtim, antecessor de Lebrac, volta em uma licença da guerra, e de forma fria, mostra ao novo líder como a guerra é realmente cruel ao contar como um garoto do grupo dos Velrans foi morto em combate. Isso leva Lebrac a pensar sobre o verdadeiro significado de escolha e liberdade. Será que realmente ela exite? Será que todos têm uma escolha? Será que Lebrac teria outra escolha que não cuidar de sua mãe e irmãs?
E nós, como educadores, como temos levado nossas relações? Nossas relações com os alunos? Quantas escolhas temos? Baseados em que tomamos nossas decisões como pedagogos? As relações estabelecidas na vida adulta são reflexos das experiências vividas na infância e na adolescência e, no entanto, temos educado nossos meninos somente para vestibulares e mercados de trabalho, levando-os muitas