Reflexão acerca da obra de marcel mauss: ensaio sobre a dádiva.
Sociólogo e antropólogo foi marcante na sociologia e na antropologia social contemporânea e considerado como o pai da antropologia francesa. Sobrinho de Émile Durkheim e nascido quatorze anos mais tarde e na mesma cidade, estudou com o tio e foi seu assistente, e tornou-se professor de religião primitiva (1902) na École Pratique des Hautes Études, em Paris. Fundou o Instituto de Etnologia da Universidade de Paris (1925) e também lecionou no Collège de France(1931-1939). Sucedeu o tio como editor da revista L'Année Sociologique (1898-1913), onde publicou um de seus primeiros trabalhos, com Henri Hubert, Essai sur la nature et la fonction du sacrifice (1899) e também Essai sur le don: forme et raison de l'échange dans les sociétés archaïques (1925), sua obra mais conhecida. Escreveu também numerosos artigos para periódicos especializados, especialmente os produzidos e publicados em colaboração com Henri Hubert (1899-1905) que reuniu em Mélanges d'histoire des religions (1909). Os trabalhos mais importantes do autor, que morreu em Paris, aparecem no livro Sociologie et antropologie (1960). Entre outros trabalhos de sua autoria ganharam notoriedade La sociologie: objet et méthode (1901), Esquisse d'une théorie générale de la magie (1902), Essai sur le don (1924), Sociologie et anthropologie (1950).
Ensaio sobre a Dádiva
Marcel Mauss inicia o seu artigo intitulado Ensaio sobre a Dádiva com um poema, pois o autor imagina que o mesmo servirá de epígrafe em seu trabalho. As estrofes da epígrafe indicam que os amigos devem sempre presentear-se uns aos outros, pois os que sempre trocam presentes são amigos por mais tempo; e devem sempre retribuir presente por presente. A epígrafe indica também que o fato de não se retribuir adequadamente o presente recebido, ou seja, manter a