Reflexos somaticos
Introdução A olfação é o primeiro órgão dos sentidos a se desenvolver embriologicamente. É um dos fatores que permitem ao ser humano compreender e se relacionar com o meio ambiente, sendo importante para uma boa qualidade de vida. Além disso, serve como importante instrumento de alerta contra incêndios, escapes de gás e alimentos estragados. Sua disfunção acarreta importantes perdas sociais, principalmente em bombeiros, empregados de empresas de perfumes ou gourmets. A sua ausência ou alteração dependem do estado anatômico do epitélio nasal e dos sistemas nervosos central e periférico. Mínimas alterações na olfação pode ser um sinal precoce em desordens neurológicas como na doença de Alzheimer e de Parkinson. Epidemiologia Os distúrbios da olfação são uma queixa freqüente, acometendo acima de 2 milhões de adultos nos EUA. Estas alterações ocorrem em metade da população entre 65 e 80 anos e em torno de 75% da população acima dos 80 anos de idade. Anatomia e histologia A região póstero-superior das fossas nasais (teto da cavidade nasal, cornetos superiores e porção superior do septo nasal) também chamada de olfatória, é constituída pela mucosa olfatória tendo área de cerca de 2,5 cm2 (Figura 1). Ela é formada pelos neurônios bipolares, que possuem dois prolongamentos, um que se dirige para a membrana basal e outro que se estende até a superfície do epitélio olfatório formando uma dilatação chamada de vesícula olfatória de onde se originam 15-20 cílios sensoriais que se projetam pela camada de muco. Esses neurônios possuem capacidades regenerativa única dentre os neurônios sensitivos.
Figura 1: região olfatória
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Seus axônios finos, não-mielinizados, apresentam uma das menores velocidades de condução. Grupos desses axônios se organizam em feixes,originado o I par craniano (nervo olfatório) e passando a placa cribiforme do osso etmoidal até o bulbo olfatório. Cerca de 25 milhões desses receptores olfatórios se encontram presentes em