reflexoes
Jean-Paul Sartre
Eu só paro quando eu der orgulho a todos os que acreditaram que eu era capaz!
Sou um homem de ideias pobres e gestos nobres, que sobrevive na multidão, vivendo as incertezas do coração
A sociedade vai encontrando seus padrões e tentando anular ou afastar aqueles que não se encaixam. Os que aceitam sem questionar vão se adaptando e sem perceber vão criando expectativas, desejos e fantasias vendidas por aqueles que ditam os padrões. Querem roupas iguais, carros iguais, comportamentos iguais, corpos iguais, cabelos iguais, músicas iguais, querem ser iguais. Sendo iguais se sentem aceitos e todos queremos ser aceitos. Inclusive aqueles que não querem ser iguais.
Mas os que não se adaptam, os que não desejam seguir os padrões, também estão inseridos dentro desta sociedade e também buscam reconhecimento. Talvez não pelo que possuem, ou pelo que ostentam, mas pelo que fazem. E o que fazem por não estar dentro dos padrões, normalmente acaba se tornando desprezível, invisível ou inconcebível.
Mas quando o diferente consegue furar o bloqueio imposto pelo padrão e quebra o paradigma e cria-se o novo padrão. Então aqueles que antes o desprezavam e ignoravam, passam a querer fazer uso dos "novos" elementos. Ou seja, apenas aqueles que suportam os estigmas, o desprezo, o preconceito e a indiferença imposta pelo padrão é que acabam desenvolvendo novos caminhos para a sociedade.
Precisamos de todos aqueles que não se enquadram, pois são os que desenvolverão outras maneiras de ver e viver o mundo.
Por isso é tão importante ter personalidade própria e não se deixar levar pelas críticas ou pelo desejo alheio de marginalizar o que não se enquadra nas normas estabelecidas.
Quem são essas pessoas que pensam que podem ditar como devemos nos vestir ou como devemos amar?
Quem são essas pessoas que pensam que podem dizer no que devemos crer ou como devemos nos comportar?
Quem são estes que crêem que tenhamos