Reflexao alegoria da caverna
A “Alegoria da Caverna” de Platão possui etapas que ilustram muito bem os quatro graus de conhecimento, que são as representações vulgares do senso comum, o conjunto das ideias que vem da necessidade de sobrevivência biológica e social; as percepções dos sentidos internos e externos, que oferecem um conhecimento ambíguo da Verdade e do Bom; o conhecimento racional e científico, uma faculdade cognitiva biológica; a contemplação intuitiva, produzida pelo intelecto, que é uma faculdade cognitiva espiritual. Os dois primeiros graus de conhecimento são representados pelo indivíduo que se encontra ainda preso na caverna, esses “conhecimentos” não trazem a verdade ou trazem-na de uma forma equivocada, pois as pessoas estão presas de um modo que só vêem sombras da realidade e ouvem vozes que acreditam dizer a verdade, por não terem contato com diversas pessoas e com outros lugares, acreditam e se iludem com o que é apenas uma aparência. Apesar de estarem presos, acorrentados, os homens não vêem problema nesse fato, já que como sempre viveram assim, não possuem a noção de uma vida livre. No entanto, se algum dia um dos prisioneiros fosse libertado e forçado a se levantar e olhar para a luz, certamente sentiria dor nos olhos e teria a visão ofuscada por estar muito tempo na escuridão, ele se sentiria incapaz de distinguir os objetos e continuaria pensando que as sombras que via eram a realidade. Porém após um tempo, ele passaria pelo terceiro grau de conhecimento ao se adaptar ao mundo real, ao se habituar com os conhecimentos verdadeiros e pensar racionalmente. O quarto grau de conhecimento vem, somente quando já se obteve a compreensão avançada das verdades das coisas e assim, se torna possível fazer reflexões e pensar sobre as novas descobertas feitas com a razão. Após sua reflexão, o “intelectual” deve voltar e libertar os demais, fazendo com que eles não tenham medo de enfrentar a luz e a saída da