A Républica

MOREIRA MACELINA. BRASILIA. EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASILIA 1996

A REPÚBLICA (LIVRO VII) ALEGORIA DA CAVERNA
Alegoria da caverna é um diálogo onde se pretende discutir principalmente a justiça. O autor faz alusão a uma caverna onde alguns homens habitam ali amarrados podendo apenas sombras dos objetos que os de fora da caverna passam levando e por vezes conversando entre si. Para estes homens o que eles viam é real e as vozes que ocasionalmente ouviam eram das próprias sombras acontecendo, pois de um levantar-se e deixar a caverna ao primeiro instante seria ofuscado pela luz e diria estar diante de ilusões e consideraria o que via antes ,como verdadeiro. À medida que esse ser se habituasse a luz poderia enxergar todas as imagens e tirar conclusões sobre ela lamentando a vida que levava se este homem retornasse ao lugar de onde saiu, seus olhos seriam obscurecidos pelas trevas ele seria julgado como cego. E os companheiros o matariam.
O autor busca a partir dessa alegoria dizer, que o momento da saída da obscuridade da caverna e entrada no mundo da luz, compara-se a entrada no mundo inteligível pois ambas entradas geram luz e a fonte soberana na vida privada ou publica. Contudo estes mesmos pareceriam ridículos ao discutir a respeito das sombras ou das imagens da sombra.
Alem disso o autor se opõe aos sofistas, que acreditavam que a educação poderia ser infundida na alma, já que para Platão a educação faz com que a alma se volte para as essências, ou seja para a essência que a alma já possui em seu interior redescobrindo-a através da reflexão do olhar para dentro de si. Contudo a reflexão depende sobretudo da orientação pois bem orientados torna-se útil e vantajosa, do contrario torna-se inútil e nociva.

Retomando a alegoria o filósofo aplica a alegoria a política, quando discute se o homem como um legislador deveria regressar a caverna para partilhar com seus companheiros a realidade, ressaltando que o principal interesse do estado não seria formar