REDUÇÃO DE DANOS E PREVENÇÃO DA RECAÍDA

REDUÇÃO DE DANOS E PREVENÇÃO DA RECAÍDA

É de conhecimento da maioria dos profissionais da saúde que as drogas constituem um problema que envolve múltiplas dimensões sociais, culturais e econômicas, onde o uso frequente pode ter graves consequências para a saúde dos usuários. Conhecer as técnicas de redução de danos, prevenção de recaída, seus alcances e limitações, permitirá ao profissional fazer a abordagem e, com isso, contribuir na busca para melhores alternativas de tratamento (BRASIL, 2011). A redução de danos é um movimento que nasceu em resposta à crescente propagação de doenças infectocontagiosas que surgiram no início de 1920. Na Inglaterra, diante da dificuldade de ter acesso aos usuários de heroína injetável e consequentemente da impossibilidade de tratá-los de uma dependência grave e de evolução fatal, desenvolveram-se intervenções denominadas redução de danos (DIEHL; CORDEIRO; LARANJEIRA, 2011). O plano de moderar os danos constitui um método de abordagem que visam primeiramente reduzir as consequências adversas para a saúde, sociais e econômicas do uso de drogas lícitas e ilícitas, sem necessariamente reduzir o seu consumo. Esta tática formula práticas que diminuem os danos para aqueles que usam drogas e para os grupos sociais com que convivem (BRASIL, 2011). Estratégia de redução de danos como distribuição ou troca de seringas e agulhas, substituição de substâncias e mudança de via de administração, podem ser empregadas para minimizar os efeitos adversos do uso. Entretanto, alguns especialistas criticam esse tipo de raciocínio e são favoráveis ao grupos de autoajuda como AA, NA ou comunidades terapêuticas (BORDIN; FIGLIE; LARANJEIRA, 2010). Um dos maiores desafios que um dependente químico enfrenta ao longo de seu tratamento é o de manter-se abstinente. Iniciar o processo de abstinência não é uma tarefa difícil, sobretudo quando o indivíduo reconhece que as desvantagens de usar a substância são maiores do que as vantagens de se manter