Redação entre alunos
LEITURA E REDAÇÃO ENTRE UNIVERSITÁRIOS (MOYSÉS, Carlos Alberto)
“A leitura e a compreensão de textos, assim como a expressão linguística em geral, têm sido objeto de preocupação no sistema educacional brasileiro durante o processo de alfabetização e nas séries iniciais de escolarização. No entanto, uma vez completa a alfabetização, a escola parece considerar que não há mais o que ensinar ao aluno em termos de leitura e redação. A maioria dos professores, de qualquer grau, concorda que os alunos não lêem, não gostam de ler e têm dificuldades para compreender o texto escrito, porém muitos relutam em assumir sua parcela de responsabilidade na formação do aluno leitor. Assim, a escola, que deveria ser o local de “aprendizado da leitura” por excelência, acaba atuando ao contrário: ao usar o texto fragmentado – muitas vezes sem referência de título e autor -, que aparece no livro didático apenas como escada para o ensino de gramática, o professor, na verdade, acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que provoca sofrimento. As chamadas dificuldades de leitura e redação parecem estar ligadas, na verdade, a deficiências em capacidades cognitivas básicas, como a habilidade de compreender variáveis, fazer proposições, identifica lacunas de informação, distinguir entre observações e interferências, raciocinar hipoteticamente e exercitar a metacognição. Da mesma forma, compreende-se que o problema da dificuldade dos alunos para expressarem suas ideias por meio de textos escritos é consequências também da falta de conteúdo: não é possível elaborar dissertações ou emitir opiniões sobre termas complexos quando não se tem informação suficiente e de qualidade. Pelos mesmo motivos, não é possível aprender conteúdos complexos a partir de textos que não se compreendem, seja por pobreza de vocabulário, seja por falta de referenciais culturais.
Esse conjunto de informações é incorporado pelo indivíduo ao longo de sua história pessoal, não