Redação - Carta do Adeus
Inverno na Alemanha Nazista,1936.Reneguei minha religião para poder sobreviver, fingia ser cristã, por um lado me arrependo de ter feito isso, pois perdi meus pais só por eles serem judeus e é como se estivesse rejeitado todo o ensinamento que eles me deram, mas por medo fiz isso e com medo continuei até que pude ter ao meu lado alguém capaz de me proteger, me amar, me mostrar tudo de bom que estava perdido com todos aqueles acontecimentos. Quem sou eu?Ester Burl, 21 anos, judia e alemã, condenada a viver num inferno onde meus semelhantes morrem por causa de suas crenças.
No dia 14 de dezembro (1936), um dia tão frio que nem dava vontade de se levantar da cama quentinha e enfrentar aquela nevasca, e não somente isso, mas também o perigo de ser atacado pelos soviéticos, então preferi ficar em casa, pelo menos ali me sentia segura. Me assusto quando lembro que Frau Kampmann – grande amiga da minha falecida mãe,ela é uma segunda mãe para mim - havia me convidado para um almoço de comemoração pois seu filho mais velho,o Klaus,havia voltado para casa após uma longa temporada de estudos e ela queria muito que eu fosse pois era quase da família e era muito amiga dele na infância.Me arrumo rápido e vou para a casa da família Kampmann,como são meus vizinhos ,chego rápido.Bato na porta e Klaus abre a porta,fico admirada de como aquele pirralho maldito tinha se tonado um homem de 24 anos lindo,alto e forte.uma coisa que ele manteve foram aqueles lindos olhos azul e cabelos loirinhos que sempre invejei. Os momentos seguintes nem me lembro de direito, pois estava tão admirada.
Passam se dois meses, durante esse tempo eu e ele conversamos bastante e saiamos quase todos os dias, tínhamos bastante afinidade, tempo suficiente para aflorar um amor