RECURSOS HUMANOS
Quadrante
As posições de todos os objectos no espaço são medidas de acordo com coordenadas celestes especificas. A melhor maneira de compreender a cartografia ou mapeamento do céu é relembrar o modo com os antigos filósofos imaginavam a forma do universo. Não tendo nenhuma evidência directa de que a Terra se movia, concluíram que esta estava imóvel e que eram as estrelas e os planetas que giravam à sua volta. Os filósofos observaram o movimento das estrelas girando à volta de um ponto no céu, consideravam que este devia ser uma das extremidades o eixo de uma grande esfera celeste. Chamaram-lhe esfera cristalina ou esfera das fixas, pois nenhuma das estrelas parecia alterar as suas posições relativas. As coordenadas celestes hoje utilizadas derivam deste ultrapassado conceito da esfera celeste. A esfera de estrelas (celeste) e a esfera da Terra (terrestre) compartilham as mesmas coordenadas, como por exemplo, os Pólos Norte e Sul e o
Equador.
Uns dos mais primitivos instrumentos astronómicos é o quadrante.
Consta simplesmente de um quarto de um circulo cuja orla circular foi dividida em noventa graus. Outros instrumentos similares incluem o sextante, que representa um sexto do círculo. Apontando para o objecto através dos orifícios dispostos numa das secções rectas do quadrantes, o observador pode medir a altura, ou altitude, desse objecto. A altitude é a altura em graus (º) de uma estrela acima do horizonte (não se trata de uma medida linear). Um fio-de-prumo cai no ápex do instrumento de modo que intersecta o arco graduado.
O ápex do quadrante marca um ângulo de 90º. Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180º, então a soma dos outros dois ângulos será também de 90º.
Como o ângulo definido pelo fio de prumo e o plano horizontal determinado pelo horizonte é de 90º, é suficiente ter alguns conhecimentos de matemática elementar para deduzir o valor da altura do objecto.