Recursos humanos
"Publicado na Gazeta Mercantil de 10/09/1999".
Renilda Ouro de Almeida e
Suzi Gouvêa Scot de Arruda
Na matéria de 1o. de Setembro, neste caderno, Tom Erdos, superintendente da Abras, Associação Brasileira de Supermercados, coloca a seguinte afirmativa, no texto entitulado Recursos Humanos, grande diferencial: "Dotar uma loja com o que há de mais avançado em tecnologia, todas podem fazer; no entanto, o que vai diferenciar os supermercados, fazendo com que o consumidor tenha preferência por uma ou outra rede, será, sem dúvida, a importância que cada um dá à área de recursos humanos".
Entendemos que viabilizar iniciativas de sucesso está diretamente relacionado com as oportunidades que uma empresa dá para que seus talentos invisíveis venham à tona. Transformar conhecimento tácito em conhecimento explícito, utilizando aqui, de passagem, um conceito de gestão do conhecimento, é muito mais efetivo para o sucesso empresarial do que garantir a modernidade de sistemas que por serem copiáveis e disponíveis a todos, daqui a pouco poderão ser caracterizados como commodities.
Ë certo, por exemplo, que logística faz uma grande diferença, e é um dos fatores de vantagem competitiva para o varejo; entendemos que, segundo dados atuais, as empresas brasileiras têm uma perda em torno de 15% de eficiência, o que se traduz em potencial de ganhos não realizados, em função do baixo rendimento dos processos de logística aplicados nos negócios. É tão verdade quanto se considerarmos níveis de desperdício, propriamente ditos, e despesas, assim definidas quando investimentos não retornam sob a forma de ganhos esperados, que agregam valor ao capital econômico ou ao capital intelectual, principal fator de sucesso das empresas de hoje, como constatado pelo superintendente da Abras.
Queremos quebrar o paradigma da constatação de que métodos eficientes aplicados, sejam eles relacionados a processos