REcursos Hidricos

O planeamento de recursos hídricos visa garantir o fornecimento de água de qualidade adequada e quantidade suficiente, de modo a possibilitar, em função da disponibilidade dos recursos hídricos, o desenvolvimento das várias actividades dela dependentes, nos tempos e espaços que justifiquem o investimento a realizar e de forma a que haja valorização das águas superficiais e águas subterrâneas, nomeadamente no que diz respeito a recursos hídricos fluviais.
Após a definição de um quadro de objectivos, este processo de gestão de recursos hídricos deverá resultar numa avaliação de diferentes alternativas e no estabelecimento de prioridades e calendarização de potenciais projectos, considerando as oportunidades e limitações físicas e de gestão do sistema de valorização da água.
Podem distinguir-se no processo de planeamento sustentável dos recursos hídricos, três etapas básicas:
- Identificação do problema, com a formulação clara de objectivos, condições de fronteira e definição do sistema natural;
- Análise do sistema definido e avaliação de alternativas baseadas em critérios pré-definidos;
- Selecção e implementação da estratégia óptima.
O processo de planeamento deve reflectir as condições do sistema e as suas restrições que, em cada região, assumem um carácter de variabilidade e aleatoriedade inerentes à disponibilidade de água. Isto significa que o processo tem que ser dinâmico, de modo a contemplar as condições naturais do sistema, o desenvolvimento económico e social das populações e os desenvolvimentos tecnológicos; sistemático, na geração e avaliação de alternativas; e consistente na implementação das soluções, de acordo com os objectivos, critérios e definição do sistema considerados.
Estes atributos do processo de planeamento são normalmente tidos em consideração em projectos faseados no tempo, nos quais, por vezes, as condições iniciais de uma determinada fase são completamente diversas das da fase antecedente, obrigando a uma total readaptação dos