recuperação de rios
Além de melhorar a qualidade da água e aumentar a biodiversidade aquática, o sistemarevitalizou a paisagem do canal filipino, que antes era destino final de lixo e esgoto. Isso porque usa “jardins flutuantes”, que são ilhas artificiais, de aproximadamente 110 m², cobertas por plantas aquáticas capazes de filtrar poluentes.
O sistema ainda tem outra vantagem: o custo da despoluição é menor do que a metade do que gastam estações de tratamento de águas residuais convencionais, segundo a empresa. Isso é possível graças à integração e ativação do ambiente fluvial circundante.
O processo de descontaminação também dependeu de outros dois fatores: de obras de infraestrutura para evitar o despejo de resíduos no local e da instalação de um reator capaz de adicionar ar à água e introduzir no ecossistema uma bactéria que se alimenta de poluentes.
Bastam três ações: coletar, afastar e tratar os esgotos antes de lançá-los no rio. A receita é simples, mas a maioria dos países não consegue aplicá-la. No Brasil, o triste exemplo é o Tietê, seguramente um dos rios mais poluídos do planeta. Quando passa pela região metropolitana de São Paulo, ele recebe quase 400 toneladas de esgoto por dia e é considerado morto: só sobrevivem no seu leito organismos que não precisam de oxigênio, como certos tipos de bactérias e fungos. A principal causa da poluição é o esgoto doméstico. "Quase 5 milhões de pessoas ainda têm seus detritos lançados diretamente no rio", afirma o engenheiro Lineu José Bassoi, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo.
Quando se sonha com a despoluição do Tietê, é inevitável