Recrutamento texto de apoio
Quando não se sabe quem é o senhor que se segue
JOÃO PEDRO PEREIRA in Público, 03/11/2013
Steve Ballmer substituiu Bill Gates numa sucessão planeada, que é a melhor prática para as empresas Rick Wilking/REUTERS
A Microsoft contratou uma empresa de busca de talento executivo para a difícil tarefa de substituir o presidente executivo. O que se faz quando se procura alguém para o topo?
Foi uma surpresa quando a Microsoft anunciou, em Agosto, a decisão de substituir o CEO,
Steve Ballmer. O executivo está na companhia quase desde a fundação (entrou em 1980 e foi o 30.º funcionário), é presidente executivo desde 2000 e reforçou os poderes quando, em 2006,
Gates se afastou para se dedicar à filantropia. É a segunda figura mais importante na história da multinacional.
Ballmer é conhecido pela inteligência (uma entrevista da Business Week relata como desfiou, de memória e por ordem, a cotação das empresas mais valiosas do mundo), pela impulsividade (a Internet está recheada de vídeos de Ballmer aos gritos e aos saltos) e pela dedicação à empresa - um vídeo que acabou publicado online mostra-o a chorar e a agradecer a uma plateia de funcionários, num evento de despedida, ao som da canção I Had the Time of
My Life.
A subida de Ballmer a CEO, substituindo Gates, foi planeada, naquilo a que as empresas chamam um plano de sucessão. Nestes casos, o próximo executivo a ocupar o lugar no topo está identificado, é preparado para a função e a ascensão tende a ser naturalmente aceite pelos outros executivos. Muitas vezes, essa pessoa foi contratada para um cargo abaixo já com a ideia de que pudesse vir a ser candidato ao lugar cimeiro.
Ter um plano de sucessão é a melhor opção, dizem os especialistas entrevistados pelo
PÚBLICO. Porém, o caso de Ballmer parece estar longe de ter sido planeado. O negócio da
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