Reciclagem obrigatoria do gesso
Responsabilidade por separar o material é do construtor. Ação diminui o impacto da logística de distribuição do produto.O que era voluntário passou a ser compulsório. Com o desenvolvimento de tecnologias para reaproveitar os resíduos de gesso, o material passou para a categoria de reciclagem obrigatória. A mudança nas normativas aconteceu no ano passado e o setor da construção civil, principal impactado, ainda está se adaptando. A quantidade de gesso usada no Brasil na década de 90 era equivalente a 5 quilos por habitante ao ano. Atualmente a média anual está em 30 quilos por brasileiro. Um dos principais motivos para reaproveitar o gesso é diminuir o impacto da logística da distribuição do produto. Desde a extração do minério, nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o material viaja cerca de 3 mil quilômetros até o Paraná. A meta é evitar que mais produto seja transportado uma vez que poderia ser reciclado. Além de aplicações na agricultura e na indústria cimenteira, o gesso é muito usado em sancas e rebaixamento de tetos e também como componente de placas de drywall. A responsabilidade por separar os rejeitos de gesso é do construtor. Conscientizar o gesseiro e o instalador de drywall é essencial. Quando o material é misturado displicentemente a outros rejeitos da obra, fica inviabilizada a reciclagem e o material acaba indo para o aterro da construção. O gesso em aterros é um problema porque acaba criando bolsões e desestabiliza o terreno , explica Odair Sanches, da empresa OK Ambiental. Cerca de 3% das placas de drywall e de 20% a 25% do produto comprado para fazer rebaixamentos e sancas de gesso viram rejeitos. Quantidade Atuando desde novembro, a empresa OK Ambiental recebe cerca de 100 toneladas de gesso por mês, mas tem capacidade para operar com 2 mil. O resíduo de construção civil não recebe a atenção devida. Em termos de volume, é semelhante à quantidade de lixo doméstico ,