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IPT desenvolve projeto para obter cimento de resíduos da construção civil, com parcerias do BNDES e empresa
O cimento pozolânico pode ser obtido a partir das frações finas de Resíduos de Construção e Demolição, conhecidos no meio técnico pela sigla RCD. A tecnologia é inédita e o processo de fabricação do produto não é gerador de gás carbônico, um dos gases responsáveis pelo chamado efeito estufa. O projeto em desenvolvimento noInstituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) conta com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, e da empresa InterCement, holdingpara os negócios de cimento do Grupo Camargo Corrêa.
Nos próximos três anos banco e empresa investirão R$ 2,5 milhões cada um na pesquisa, totalizando R$ 5 milhões. Os recursos serão investidos em mão de obra, insumos e infraestrutura laboratorial.
Segundo o pesquisador Valdecir Quarcioni, do Laboratório de Materiais de Construção Civil do Centro de Tecnologia de Obras de Infraestrutura do IPT, a nova tecnologia permitirá produzir um cimento de baixo custo e reduzido impacto ambiental. Com características diferentes em comparação às do cimento convencional, suas aplicações também serão diferenciadas. Por exemplo, como base para revestimento de pavimentos rígidos e o reaterro estabilizado de valas de água, esgoto e telefonia.
Posteriormente poderá haver diversificação de aplicações, como na fabricação de argamassas e pré-fabricados de concreto. Em escala, os novos produtos poderão contribuir para diminuir ainda mais as emissões de gás carbônico da indústria do cimento. Seu uso também contribuirá para racionalização do consumo de recursos naturais como agregados, a exemplo de brita e areia. A produção do cimento de RCD ainda contribuirá para diminuir a pressão do volume de resíduos de construção sobre os aterros, ajudando as empresas do setor no cumprimento da nova Política