Reciclagem gesso
Comparado com outros ligantes como cimento Portland e mesmo cal, o gesso apresenta muito maior eficiência energética, visto que pode ser obtido em temperaturas inferiores a 160°C. No seu processamento, ele lança na atmosfera vapor d´água, contrariamente aos dois primeiros produtos citados que emitem CO no seu processo de fabricação. No entanto, sendo um sulfato de cálcio que apresenta certa
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solubilidade em água, a deposição irregular de seus resíduos pode contaminar solos e águas. A resolução
307/02 do Conselho Nacional do Meio Ambiente considera o gesso como material classe C, ou seja, aquele que gera resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam uma reciclagem. Urge então reverter essa situação e encontrar formas de se minimizar a dispersão dos resíduos de gesso no meio ambiente. Uma delas é justamente promover o reaproveitamento desses resíduos.
Palavras-chave: Gesso, resíduo de construção, reciclagem.
Introdução
O uso do gesso na construção civil brasileira vem crescendo gradativamente ao longo dos últimos anos. Ganhou impulso a partir de meados da década de 1990, com a introdução da tecnologia drywall nas vedações internas de todos os tipos de edificações no país. A isso se somam todos os usos tradicionais do gesso como material de revestimento, aplicado diretamente em paredes e tetos, e como material de fundição, utilizado na produção de placas de forro, sancas, molduras e outras peças de acabamento.
Entre os diferentes segmentos da cadeia produtiva da construção civil, o segmento gesseiro apresenta um grande potencial de contribuição para a sustentabilidade da indústria da construção, devido ao