Recicalgem
Os resíduos de embalagens representam hoje cerca de um terço do total dos RSU (e os plásticos 9% em peso daqueles) e, ao que tudo indica, essa percentagem tenderá a crescer nos próximos anos.
Os resíduos de embalagens justificam uma atenção especial, dada a natureza dos materiais que os constituem. Muitos resíduos de embalagens podem ser valorizados, desde que convenientemente tratados de acordo com a sua especificidade, resultando daí ganhos ambientais, económicos e sociais.
De entre os resíduos de embalagens, os plásticos ganharam, ao longo dos anos, uma reputação negativa, sendo acusados de não se decomporem. De facto, a maior parte dos plásticos não são biodegradáveis, mas na realidade grande parte são fotodegradáveis. No entanto, nos aterros mantêm-se inalteráveis por falta de luz e oxigénio, o que aliás acontece com outros materiais. A sua deposição em aterros não é, portanto, a melhor solução. Outras soluções se apresentam: quando devidamente recolhidos e processados, os plásticos podem ser valorizados, quer em reciclagem, quer em recuperação energética.
Assim se conclui que a reciclagem de plásticos tem um elevado potencial, quer em termos ambientais, quer em termos económicos. Daí a importância da sensibilização e da informação dos cidadãos, quer no que diz respeito aos hábitos de adesão à recolha selectiva, quer no reconhecimento de que, com materiais reciclados se produzem produtos de qualidade.
A Indústria do Plástico tem contribuído desde sempre para a racionalização da utilização do plástico, nomeadamente através da Política dos 3R: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Por outro lado, as Indústrias Recicladoras de Plásticos processam vários milhares de toneladas de resíduos plásticos anualmente, com as mais diversas origens, com destaque para os