Recasamento
Desde que o mundo é mundo que a humanidade pratica o “casa-separa”. O divórcio foi legalizado no Brasil em 1977 e, pode-se perceber que nas últimas décadas homens e mulheres convivem cada vez menos com quem acham que não vale a pena, sendo o casamento para a vida toda, cada vez mais raro. Pesquisas mostram que a freqüência de uniões rompidas aumenta a cada ano. Assim como crescem os pedidos de separação, parecem estar crescendo também o número de motivos pelos quais os casais não querem mais conviver. Enquanto que as alegações para o divórcio eram coisas bem concretas como infidelidade, dificuldades financeiras, violência doméstica, negligência com o lar, a partir dos anos 80, falta de entrosamento, falta de comunicação com o parceiro são respostas encontradas nas pesquisas. Pode-se observar também, que um número crescente de pedidos de separação é iniciativa das mulheres. Nestas circunstâncias a família original interrompe seu ciclo vital e cada um dos cônjuges, só ou em nova relação conjugal, com ou sem filhos em sua companhia, irá constituir novos núcleos familiares. Trata-se de um tema bem atual, cada vez mais freqüente. A família tradicional, onde o casal e filhos vivem sob o mesmo teto e o paternalismo comanda, deixou de ser o único modelo de relações entre as pessoas. Com este processo de mudança, as dificuldades enfrentadas pelas famílias também são diferentes. Os núcleos de famílias desfeitos e refeitos criam a necessidade de um paradigma de família inteiramente novo que considere os novos relacionamentos e papéis extremamente complexos. As dificuldades encontradas pelas famílias reconstituídas são basicamente diferentes como o fato de partirmos do princípio que existe um vínculo progenitor - filho que antecede o vínculo conjugal. No primeiro casamento, o casal passa pela fase de adaptação e cria um vínculo antes de lidar com os filhos, o que não ocorre no recasamento. Além disso, experiências conjugais anteriores mal resolvidas