Ruptura Conjugal, Divórcio e Recasamento
Introdução
O trabalho que me proponho a delinear tem como tema Ruptura Conjugal, Divórcio e Recasamento. Abordo estes conceitos e as trajectórias que os caracterizam numa tentativa de enquadrar o perfil dos indivíduos na sustentação da vida a dois sem ignorar a evolução social a que têm sido sujeitos e simultaneamente as repercussões que as decisões por eles tomadas têm na estrutura familiar em Portugal.
Apresentarei as diferentes formas de ruptura conjugal, as razões pela qual os casais decidem divorciar-se,as causas que contribuem para o aumento do divórcio, as diferenças associadas ao género,a classe e a faixa etária inerentes ao fenómeno recente que é o recasamento em Portugal.
Ruptura Conjugal
Podemos considerar que um casal entra em processo de ruptura conjugal a partir do momento em que as suas fragilidades a nível relacional permitem que haja um afastamento, uma não procura da solução dos seus problemas e uma acomodação a nova situação que os envolve. A constatação de que o possível término da relação conjugal terá chegado ao fim pode ou não tornar o processo menos doloroso, dependendo essencialmente do que se investe e das expetactivas relativas ao matrimónio. Também é possível constatar que uma relação pode permanecer durante algum tempo no estado de ruptura sem que haja efectivamente o divórcio ou o restabelecimento do casamento.
A Ruptura Conjugal é originada por diferentes formas de vivenciar a relação no momento em que esta ocorre. Como tal passo a enunciar as mesmas:
Divórcio Desencontro – originado por um problema afecto a relação. A medida que esta avança vai se dando um desgaste que ao alcançar o seu limite encara a ruptura conjugal como um mal necessário, como uma espécie de libertação que permitirá a ambos prosseguirem com as suas vidas e alcançarem a felicidade. Neste grupo há consciência de que há um problema na relação que apenas será relacionado com o fim da