Divorcio e recasamento

6237 palavras 25 páginas
DIVÓRCIO E RECASAMENTO: UM POSICIONAMENTO
Pano de fundo e introdução
Por toda a minha vida adulta, até ter encarado a necessidade de lidar com divórcio e recasamento no contexto pastoral, eu mantive a prevalecente visão Protestante que o recasamento após divórcio era biblicamente sancionado nos casos onde o divórcio foi resultante de abandono ou adultério persistente. Somente quando fui compelido, há alguns anos, ensinando no evangelho de Lucas, a lidar com a afirmação absoluta de Jesus em Lucas 16:18 comecei a questionar tal posição herdada.
Senti um imenso peso em ter que ensinar a nossa congregação qual a vontade de Deus revelada nesta questão de divórcio e recasamento. Eu não estava desinformado que entre meu povo havia aqueles que tinham se divorciado e recasado, aqueles que haviam se divorciado e permanecido solteiros, e aqueles que estavam no processo de divorcio ou o contemplando como uma possibilidade. Eu sabia que não se tratava de um exercício acadêmico, mas que imediatamente afetaria muitas pessoas de forma realmente profunda.
Eu também não era ignorante quanto horrenda estatística em nosso país, como também de outros países ocidentais, no que se refere ao número de casamentos que estavam terminando em divórcio, e o número de pessoas que estavam formando segundos casamentos e terceiros casamentos. No meu estudo de Efésios 5 fiquei crescentemente persuadido que há uma profunda significância na união de marido e esposa em “uma carne” como uma parábola do relacionamento entre Cristo e sua igreja.
Todos esses fatores combinaram para criar um senso de solenidade e seriedade à medida que eu calculava o peso e implicação dos textos bíblicos sobre divórcio e recasamento. O resultado daquela experiência crucial foi o descobrimento do que eu creio ser o ensinamento neotestamentário da proibição de todo recasamento a não ser no caso da morte de um dos cônjuges. Eu não afirmo ter visto ou dito a última palavra no assunto, nem estou acima de correção, até que

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