Recalque
O recalque constitui-se por uma defesa da satisfação pulsional e surge originalmente através de uma fixação, em seguida o representante da satisfação pulsional é afastado da consciência, fundando desta forma o inconsciente, assim o representante da satisfação pulsional mantêm-se de forma inalterada e junto a ele mantêm-se a pulsão. Por tratar-se de uma ideia que remete a uma satisfação pulsional indesejável, ela é recalcada, mas como o recalque não funciona inteiramente será necessário tentar fazer isso desaparecer denovo.
Após o processo do recalque constituir-se por uma defesa da satisfação pulsional, é permitido o surgimento e a sustentação de novas camadas de recalque, agindo como se fosse um suporte sustentando por pontos de estabilidade o recalque secundário, sendo aquele que desloca para o inconsciente e ali mantém as representações intoleráveis para a consciência, magnetizadas pelo núcleo do inconsciente constituído pela repressão originária. Análogo a uma fundação, o recalque propriamente dito seria a fundação primária que proporciona o surgimento e sustenta as demais. Compreendendo que se o significante primordial faltar não há suporte para o restante do edifício significante.
Desta forma, o recalque original trata-se de uma fixação na qual o representante em questão subsistirá inalterado e a pulsão permanecerá ligada a ele, a satisfação da pulsão no recalcamento é impedida. Já que na sublimação a satisfação da pulsão é viabilizada de forma prazerosa e criativa para a criação de um objeto a sublimação acaba por ser um objetivo na análise.
Freud coloca a fantasia como um refúgio da realidade insatisfatória e repressora, buscando reviver contentamentos que um dia vivenciou. Assim, a fantasia ou o fantasma fixam sua origem na busca por obturar a falta no outro através da realização do desejo. Sendo que é através da função materna que o sujeito é introduzido no nível simbólico, ao defrontar-se com