Rebeldia
Os anos da adolescência têm sido chamados de “rebeldia adolescente”, envolvendo tumulto emocional, conflitos familiares, alienação da sociedade, comportamentos impulsivos e rejeição dos valores adultos. Contrariamente á crença popular, os adolescentes aparentemente bem ajustados não são bombas-relógio programadas para explodir mais tarde na vida. Os poucos adolescentes profundamente problemáticos tendiam a vir de famílias perturbadas e, após a fase adulta continuavam a ter uma vida familiar instável e a rejeitar as normas culturais, aqueles criados em lares com uma atmosfera familiar positiva tendiam a atravessar a adolescência sem nenhum problema serio, comportamentos rebeldes e a rebeldia já virou, inclusive, sinônimo de adolescência. Esta relação feita entre esta fase da vida e este padrão comportamental faz com que a rebeldia seja entendida como uma característica própria da idade, que passa com o tempo e que, como tal, não pode ser solucionada nem discutida. Na verdade a rebeldia é um comportamento comum na fase adolescente, comum no sentido de freqüente e não de próprio desta fase. O próprio da fase adolescente, universal e que inevitavelmente acontece com todos os jovens normais, são as mudanças corporais, o aparecimento do interesse sexual, a mudança de outros tipos de interesse e uma nova forma de se relacionar com o mundo, que não é mais infantil nem adulta e que, portanto, caracterizam uma fase de transição muito marcante. Todas as transformações biológicas e físicas provocam reações diferentes nas pessoas que lidam com o adolescente. Uma grande confusão a respeito do que permitir, o que proibir e o que pode ser aceito desta nova pessoa, acontece com os adultos. Todas as modificações da adolescência provocam conflitos na forma do adulto se relacionar com o adolescente e a sociedade também provoca discussões e leis confusas, que autorizam o voto e outras responsabilidades e desautorizam