Reality Show
Por definição, reality shows são, em essência, programas sem roteiro fechado que não empregam atores e se concentram em imagens de eventos ou situações reais e inusitadas.
Os realities frequentemente escalam um apresentador para contar a história ou preparar o cenário para os dramas que acontecerão. Ao contrário de programas roteirizados como séries, novelas e jornais, os reality shows não dependem de roteiristas e atores, e boa parte do processo é comandada pelos produtores e uma equipe de editores.
Nos anos 90, o produtor holandês John de Mol assistiu a uma reportagem sobre o experimento científico fracassado Biosfera 2, em que oito cientistas permaneceriam fechados em um domo durante dois anos. Foi quando criou o Big Brother. O programa estreou em 1999 na TV holandesa, batendo recordes de audiência. Cinco mulheres e quatro homens com idades entre 24 e 44 anos foram confinados em uma casa isolada do mundo exterior. Os moradores eram vigiados 24 horas por câmeras e microfones. O programa não foi apenas pioneiro no formato, mas também na maneira como incitava o voyeurismo do público – o prazer de espiar sem ser visto. A partir de então, os reality shows firmaram-se como sucesso na televisão na mesma década, com base em uma fórmula bem simples: oferecer ao espectador a oportunidade de bisbilhotar a vida alheia. No Brasil, podemos citar Big Brother Brasil, Mulheres Ricas, No Limite, Supernanny, Esquadrão da Moda, A Fazenda e O aprendiz como alguns dos mais importantes do gênero, em rede nacional.
A vontade de espiar, portanto, viria da impressão de que é possível ascender do anonimato à notoriedade em uma sociedade onde “quem não aparece não existe”. E é justamente essa vontade que leva os participantes a abrir mão de sua intimidade durante meses. Os participantes têm a possibilidade de viver seus ‘15 minutos de fama’. É a sensação de ser o centro das atenções.
Com base nesses conceitos, nasce a idéia de criar um programa que fale sobre o