Reality shows
Os reality shows dividem a opinião dos brasileiros, alimentando uma antiga discussão sobre a programação de nossas emissoras, especialmente no gênero entretenimento. No debate, é costume focar-se na questão que envolve a exposição demasiada da vida dos participantes, apelo sexual e conflitos por uma vaga na final, com a chance de se faturar uma premiação excepcional em dinheiro, principal objetivo dos integrantes.
Hoje, o mais famoso desses programas é o BBB - Big Brother Brasil. Iniciado há cerca de dez anos, o atrativo já viveu dias de maior credibilidade. O questionamento mais fervoroso deu-se no início de 2012, quando foi veiculado vídeo contendo cenas de sexo entre Monique e Daniel, supostamente sem o consentimento dela. Fatos dessa natureza reforçam a tese dos que se dizem contra esse tipo de programação, por se apresentar vulgar e com maus exemplos de conduta.
Na verdade, as emissoras de TV que oferecem esse modelo de atração lucram bastante com os anunciantes e não estariam nem um pouco dispostos a substituí-los por programas educativos, culturais, o que seria bem melhor para o país. Por esse mister, tal idéia é incogitável. No entanto, aqueles que - por acaso - nao afinam com tal atração têm - hoje muito mais do que antes - opções abundantes para escolher gêneros diferentes, sem se incomodarem com os reality shows.
Logo, apesar de se conceber como uma programação que de fato não acrescenta muito para quem deseja algo com mais conteúdo cultural ou educativo, bani-la seria enfatizar a censura dos tempos ditatoriais, atitude que não fazer parte dos dias atuais. Afinal, se o telespectador não suporta tais programas têm - democraticamente - a liberdade de ignorá-los. É só mudar de canal, e o Estado Democrático de Direito reinará quase que absoluto.