Realismo
O Realismo surge em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Antes do Realismo, os temas se limitavam a fatos do mundo moderno, os artistas conseguiam reproduzir perfeitamente o que viam, mas sempre à forma da idealização e teatralidade. Agora eles se preocupavam em fazer uma imitação precisa de percepções visuais sem alterações, se opondo ao Romantismo. Entre 1850 e 1900 surgia nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. O homem europeu convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade. Algumas características do Realismo são o cientificismo, a valorização do objeto, o sóbrio e o minucioso, a expressão da realidade e dos aspectos descritivos. O Realismo representa a realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da natureza, pois a beleza está na realidade tal qual ela é. Por meio do Realismo Social, a arte passa a ser um meio para denunciar uma ordem social que consideram injustas.Importantes pintores deste período foram: Honoré Daumier, Gustave Coubert, Jean-François Millet e Édouard Manet
Realismo no Brasil
O Realismo marca mais intensamente a literatura e o teatro, considera-se 1881 como o ano inaugural do Realismo no Brasil. Entre os artistas brasileiros, tem maior expressão o realismo burguês, nascido na França. Em vez de trabalhadores, o que se vê nas telas é o cotidiano da burguesia. Dos seguidores dessa linha se destacam Belmiro de Almeida (1858-1935), autor de Arrufos, que retrata a discussão de um casal, e Almeida Júnior (1850-1899), autor de O Descanso do Modelo. Mais tarde, Almeida Júnior aproxima-se de um realismo mais comprometido com as classes populares, e Di Cavalcanti. Além de Portinari, que